terça-feira, 14 de setembro de 2010

Primeiro dia de aulas



Como esperado: depois de um início dramático, um dia bem passado. No meio de muita trapalhice, contou que fez um desenho para os pais de um "leão bom e amarelo", contou que tem três "teresinhas" (segundo o V., foi a professora que disse, referindo-se às professoras), contou que almoçou "aquelas coisas" (após várias interrogações conseguimos descobrir que eram douradinhos) e contou que não dormiu, só descansou. Não está mau, para primeiro dia :) :)

E hoje chegaram-me à memória todos os primeiros dias de aulas que tive: a chegada, a interpretação do ambiente geral, as pessoas, os professores, os novos e os velhos amigos, as instalações, a logística, os cadernos, os dossiers, as mochilas, os manuais, o papel autocolante, os lápis novinhos e os estojos, o material escolar, o compasso e a régua. E ontem deitei-me às 3 da madrugada para forrar um dossier com fotografias, e hoje estou de rastos e vejo que sim, reconheço, estou com este bom feeling, este friozinho de reentrée na barriga, cheia de ideias, projectos e vontade e muito muito orgulhosa do meu V., que já está na escola. E sim, posso concluir que não é só o V. que entrou na escola, também eu regressei ao passado nas minhas memórias, algumas muito escondidas, e também eu dou uma espreitadela no futuro a tentar construir este novo ano escolar. Boa sorte para todos os que iniciam um novo ano escolar, seja ele qual for. Afinal de contas, nunca se pára de aprender pois não?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Havaianas


Antes que o verão acabe... e deixem de lhes servir, aqui está a foto das pataniscas com as havaianas. Estas foram oferecidas por uma amiga muito querida directamente do Brasil :)
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Christiania


Hoje fomos a Christinia, que para quem não sabe é uma comunidade alternativa e autónoma com cerca de 900 residentes dentro de Copenhaga. Têm os seus próprios sistemas de organização, limpeza e sustento, têm as suas próprias escolas e o consumo de drogas leves é livre. Confesso que a entrada foi um pouco estranha ao dar de caras com uma série de "bares" e "esplanadas" com todo [literalmente] o tipo de pessoas, algumas delas com banquinhas com dezenas de tipos de drogas (presumo que leves). O fumo era muito, não se via um turista, muito menos algum com crianças, e eis que chegamos nós, armados até aos dentes de carrinho, mantas, fraldas, mochila, máquinas de fotos e... duas crianças de tentra idade. Só para dar uma ideia, o comentário do V. foi "está muito fumo". Ora estando nós ao ar livre... podem imaginar.

A continuação da visita foi no entanto bem diferente: passando aquele local tudo ficou muito mais pacífico, visitámos uma loja/atelier muito engraçado, passeámos pela comunidade, vimos as suas casas feitas de madeira e tudo o que se possa imaginar de reciclado, as suas casas de banho comunitárias, o forno do pão, o poço para tirar água (presumo), o parque infantil, uma escola de equitação. Tirei algumas fotos, se bem que não muitas porque o tempo escasseava e a logística de mãe é alguma, mas deixo aqui duas que me agradaram: uma caixa postal e uma bicicleta com o seu carrinho de apoio para bebés. Aqui há milhares destas bicicletas com atrelado para transportar bebés, com interiores fantásticos, muito fofinhos e almofadados onde as crianças viajam, pelo menos aparentemente, com muito conforto. Aliás, confesso que gostei tanto desta cidade que me imagino a levar todos os dias as pataniscas à escola dentro daqueles "cestinhos" (nome mais simpático do que atrelado, tendo em conta que estou a falar de transporte de crianças). Este "cestinho"  que vos mostro é engraçado porque ao contrário dos restantes, maioritariamente pretos, este é forrado com um tecido muito querido, azul com pequenas flores. Honestamente, não me parece do tipo mais confortável, mas lá que é querido é.

Sabes mãe?

Esta noite: "Sabes mãe, "amanhã" fomos ver o teatro e tinha umas cortinas e estavam fechadas e abriram e estava lá o arlequim e o filho do arlequim e a bailarina e os diegos [diabos], e eram muitos diegos. E o diego foi buscar o filho do arlequim mas depois o arlequim foi buscar a espada para matar o diego e foi buscar o seu filho."

Eis uma peça de teatro de pantomima na cabeça de uma criança de 3 anos, alguns dias depois.

So vintage


Nalgumas zonas, Copenhaga parece mesmo de outras eras. O restaurante mesmo ao lado do hotel é um bom exemplo. Fantástico.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

So cool

Muito poderia dizer de Copenhaga. Por agora comento apenas o enorme bom gosto que nos deparámos até agora. À excepção da popular rua Stroget, os edifícios são lindíssimos, razoavelmente conservados, e percebe-se facilmente um certo gosto popular pela preservação do que é, e do que já foi. O pequeno centro de mesa, o serviço de louça que faz lembrar as nossas avós, os retratos antigos, os postais do século passado, uma máquina registadora manual, foram pequenos pormenores que tenho vindo a apreciar desde que cá cheguei. Ainda hoje almoçámos numa pequena "loja" que parecia ter sido arrancada dos anos 50 que servia sanduiches, cafés, sumos e ao mesmo tempo vendia todo o tipo de antiguidades. Uma delícia, em todos os sentidos.

Com a logística de duas crianças atrás, não resta muito tempo para fotos, mas hoje consegui registar o centro de mesa do hotel: um miminho pela manhã.

Já digo mamã

Posso não saber o que é, mas não há dúvida: já digo mamã.

Mãe, sabes uma coisa?


V., após observar uma rapariga que usava uns collants com renda preta, comentou: "Mãe, sabes uma coisa? Aquela senhora tem as pernas pintadas".

Pai, sabes uma coisa?


Ao acordar, V.: "Pai, sabes uma coisa? Hoje vi o dia.". E o pai responde: "Então filho?". Ao que V. reforça: "Vi o dia, vi o sol."